sábado, 26 de junho de 2010

"Ando meio fatigado de procuras inúteis e sedes afetivas insaciáveis."



Caio Fernando Abreu

quarta-feira, 16 de junho de 2010

E não é que passou rápido?


É bem verdade que o tempo passa muito rápido depois dos quinze anos, eu que o diga: Passaram-se dez anos que nem senti. Bodas de prata, 2º tiro na macaca, 1/4 de século... posso chamar do que quiser e ainda assim eu continuarei tendo feito 25 anos. Eu não lembro de ter me imaginado com tal idade, mas é que nunca fiz planos a longo prazo. Confesso que dá medo. Poxa, em cinco anos terei 30?!!!! Sabe o que é isso??? Primeiras rugas, desespero por envelhecer... ai ai... Prefiro pensar que estarei rica, viajando o mundo inteiro e no auge da minha "juventude". Afinal, 25 anos nem parece tanto, principalmente quando vc ainda tem cara de 20. hahahahha (convencida) ¬¬. Eu não tenho sentido tanto o peso, mas sinto como se tivesse aproveitado pouco do que vivi. A gente sempre acha q pode mais não é verdade?
Tenho que confessar minha felicidade, por tudo que já conquistei e por tudo que ainda vou conquistar. Pelos amigos que tenho, familia, pseudo amores e meus filhos (gatos). E queria agradecer pelos que me ligaram, mandaram msg, email, orkuts, twitter, videos, sinais de fumaça. E espero que venham mais 5, 10, 15, 25, 30, pq afinal eu quero tempo para aproveitar essa vida linda de Meu Deus. Só peço uma coisa, nada de tiro da macaca viu?

terça-feira, 1 de junho de 2010

Eu nunca vou entender*


Eu nunca vou entender. Eu nunca vou saber porque a vida é assim. Eu nunca vou entender porque a gente continua voltando pra casa querendo ser de alguém, ainda que a gente esteja um ao lado do outro. Eu nunca vou entender porque você é exatamente o que eu quero, eu sou exatamente o que você quer, mas as nossas exatidões não funcionam numa conta de mais.

Eu só sei que agora eu vou tomar um banho, vou esfregar a bucha o mais forte possível na minha pele e vou me dizer pela milésima vez que essa foi a última vez que vou ficar sem entender nada. Mas aí, daqui uns dias, você vai me ligar. Querendo pegar aquele cineminha, querendo me esconder como sempre, querendo me amar só enquanto você pode vulgarizar esse amor. Me querendo no escuro.

E eu vou topar. Não porque seja uma idiota, não me dê valor ou não tenha nada melhor pra fazer. Apenas porque você me lembra o mistério da vida. Simplesmente porque é assim que a gente faz com a nossa própria existência: não entendemos nada, mas continuamos insistindo.


*Parte do Texto "Eu nunca vou entender" extraído do livro "Tô com uma vontade de uma coisa que não sei o que é" da Tati Bernardi. (pag. 123)